Ultimamente, mesmo com a correria da Facul, do novo trampo e das coisinhas pessoais que tenho programado, ando um tanto Nerd, então para eu não ser sozinha, resolvi compartilhar um pouco dessa "nerdice" com vocês XD...
Foi pedido na Facul, que nós lêssemos o livro Memórias de um sargento de Milícias... vou anexar abaixo minhas Conclusões.
Ah! o objetivo principal do trabalho era expor a opinião após a leitura do livro, referente á frase do Maiacovski que diz: "A arte não é um espelho para refletir o mundo, mas um martelo para forjá-lo".
Espero que gostem! ;)
DETALHES IMPORTANTES DO AUTOR -
BIOGRAFIA
Manuel
Antônio de Almeida – Foi um escritor Fluminense (jornalista, cronista,
romancista, crítico literário),
que nasceu no Rio de Janeiro no ano de 1830 e morreu num naufrágio na cidade de Macaé (Litoral Fluminense) em
1861.
Era filho dos portugueses: Tenente Antônio de
Almeida e de Josefina de Almeida. Órfão de pai aos 11 anos, consequentemente,
teve uma infância carente, contrária a de muitos escritores de seu tempo, o que
o inspirou, na juventude, a escrever sobre a vida e os costumes da classe média
baixa, pouco se sabe dos seus estudos elementares e
preparatórios desta época. Enquanto fazia Faculdade de Medicina, as
dificuldades financeiras o levaram ao jornalismo e á letras. Formou-se em Medicina
em 1855, mas nunca exerceu sua profissão. De junho de 1852 a julho de
1853 publicou, anonimamente e aos poucos, os folhetins que compõem as Memórias
de um sargento de milícias, reunidas em livro em 1854 (1o volume) e 1855 (2o
volume) com o pseudônimo de "Um Brasileiro". O seu nome verdadeiro
apareceu apenas na 3a edição, já póstuma, em 1863. Da mesma época data ainda a
peça Dois amores e a composição de versos esparsos.
Na mesma época, ele ainda escreveu a peça "Dois Amores" e a compôs versos esparsos. Além do romance, publicou a tese de doutoramento em Medicina e um libreto de ópera.
Em 1858 foi nomeado Administrador da Tipografia Nacional, onde conheceu Machado de Assis, que trabalhava como aprendiz de tipógrafo. No ano seguinte, foi nomeado 2º Oficial da Secretaria da Fazenda. Em 1861, quando se preparava para entrar em campanha como candidato à Assembleia Provincial do Rio de Janeiro, faleceu no naufrágio do navio Hermes, próximo a Macaé (RJ).
Não estava interessado em sucesso nem na moda literária, por isso escreveu sem compromissos e apresentou, em tom direto, bem humorado e com tendências realistas, a sociedade de então, principalmente a gente simples que povoava o Rio de Janeiro. Seu romance fez sucesso pelo humor imparcial e amoral, o estilo coloquial e, principalmente, por seu grande talento como narrador.
Em 1859, foi 2º oficial da Secretaria dos Negócios da Fazenda. Em 1861, ao viajar para Campos, no vapor Humes, desgraçadamente morreu, com mais trinta companheiros de viagem, no naufrágio do pequeno vapor, na altura da Ilha Santana, a duas milhas do litoral.
Na mesma época, ele ainda escreveu a peça "Dois Amores" e a compôs versos esparsos. Além do romance, publicou a tese de doutoramento em Medicina e um libreto de ópera.
Em 1858 foi nomeado Administrador da Tipografia Nacional, onde conheceu Machado de Assis, que trabalhava como aprendiz de tipógrafo. No ano seguinte, foi nomeado 2º Oficial da Secretaria da Fazenda. Em 1861, quando se preparava para entrar em campanha como candidato à Assembleia Provincial do Rio de Janeiro, faleceu no naufrágio do navio Hermes, próximo a Macaé (RJ).
Não estava interessado em sucesso nem na moda literária, por isso escreveu sem compromissos e apresentou, em tom direto, bem humorado e com tendências realistas, a sociedade de então, principalmente a gente simples que povoava o Rio de Janeiro. Seu romance fez sucesso pelo humor imparcial e amoral, o estilo coloquial e, principalmente, por seu grande talento como narrador.
Em 1859, foi 2º oficial da Secretaria dos Negócios da Fazenda. Em 1861, ao viajar para Campos, no vapor Humes, desgraçadamente morreu, com mais trinta companheiros de viagem, no naufrágio do pequeno vapor, na altura da Ilha Santana, a duas milhas do litoral.
RESUMO E BREVE ANÁLISE DA
OBRA
A história se passa no começo do
século XIX, ocasião em que a família real portuguesa se refugiou para o Brasil,
em meados de 1808 e 1821. Por isso, a narrativa considerada por alguns como
romance, por sua vez, ao invés de começar como a maioria – “Era uma vez...”,
começa com “Era o tempo do Rei”, indicando ao leitor o tempo histórico que o
Brasil estava passando. Pode-se dividir o Brasil desta época em dois pólos
extremamente rígidos: escravo e senhor dos escravos. No meio, os homens livres
sem poder econômico e político representavam um grupo restrito, mas,
certamente, de alguma importância em termos sociais. Sua ação era definida
fundamentalmente a partir da necessidade de sobreviver através de expediente
raramente ligado a uma atividade econômica específica. Caracterizam-se antes
por exercerem ocupações ocasionais, pequenos serviços e alguns cargos
burocráticos subalternos: vendeiro, barbeiro, parteira, miliciano, sacristão...
Ao contrário de outras obras
românticas, o autor mostra uma visão bem próxima à realidade. Os problemas
sociais, as atitudes dos personagens e uma visão menos idealizada da realidade
caracterizam a obra como precursora no Realismo. Personagens como Major Vidigal, por
exemplo, realmente existiram. A obra, porém, é um romance urbano, que
desenvolveu temas ligados à vida social. A história, porém, apresenta os
exageros sentimentais comuns à maioria das obras românticas.
Fazendo o uso da ironia,
o autor deixa perceber que sua intenção era divertir o leitor com os problemas
sociais de sua época. O livro abandona a linguagem metafórica e a mulher e o
amor não é idealizado, como em outras obras pertencentes ao Romantismo.
Contribuiu muito para o
desenvolvimento de sua obra, a sua experiência de ter tido uma infância pobre.
Com um estilo jornalístico, a narrativa: Memórias de um sargento de Milícias
incorpora a linguagem das ruas, e das vidas de classe média e baixa, fugindo
assim dos padrões românticos da época cujos quais eram aristocráticos. Se há traços românticos em sua obra, eles estão no tom irônico e
satírico que assume o narrador.
A
narrativa retrata a vida do Rio de Janeiro no início do século XIX e desenvolve
pela primeira vez na literatura nacional a figura do ‘malandro’.
Bom,
a narrativa resume-se na história de um garoto, “filho de uma pisadela e de um
beliscão”, o pequeno Leonardo é um pequeno “endiabrado”, traquina, sempre
disponível e preparado para fazer uma travessura e vingar-se de quem não o
suportava, que parece prever as dificuldades que irá enfrentar. Não poucas:
abandonado pelos pais (sua mãe fugiu para Portugal), mas encontra no padrinho
seu protetor. Esse é o dono de uma barbearia e tem guardada boa soma em
dinheiro. As aventuras e desventuras de Leonardo, que o autor faz desfilar
diante dos leitores com dinamismo, conduzem o personagem principal a apuros dos
quais ele sempre salva, graças a seus protetores. Leonardo é um personagem fixo
que não tem as características básicas não mudam, é um personagem interessante
por passar de um menino traquina para Sargento de Milícias, posto de grande
responsabilidade, o que caracteriza Leonardo como, indiscutivelmente, a figura
central do enredo (como já foi mencionado) apesar de durante os capítulos ser
ofuscado pelas ações de outros personagens, vale lembrar que embora se torne
sargento de milícias ele não muda seu jeitinho travesso de viver...
RESPOSTA Á QUESTÃO PROPOSTA
...”Espelho para refletir o mundo, mas um martelo para
forjá-lo...”
Vladimir Maiakovski
A arte assim como a
literatura não é simplesmente um espelho, mas também martelo!
Ela
serve ao mesmo tempo como reflexo de uma determinada sociedade, mas também como
mecanismos (elementos atuante) de transformação da sociedade.
A
história “Memórias de um Sargento de Milícias”, é sim um espelho do que se
passava com a sociedade e das mudanças que estavam ocorrendo ou por ocorrer na
época. E logicamente continua servindo como martelo até hoje, por que o martelo
tem por sua vez a função de forjar e somente conseguimos mudar/forjar algo, se
notarmos o que tem de errado na situação. Querendo ou não, hoje o que vivemos,
é “fruto” e/ou consequência do que aconteceu no passado, temos acesso ás
ocorrências prósperas e ás más sucedidas deste passado, apenas através da arte,
seguindo ainda a mesma linhagem, para melhor explicar o que quero dizer, não
tem ditado popular ou frase melhor do que: “vamos aprender com o erro dos
outros!”, se vimos que determinada situação no passado não foi bem sucedida, e
que muitas das vezes sofrem – se consequências até os dias atuais, pra que
repetir? E é aí que se encaixa perfeitamente a função do martelo - forjar!
Após
a leitura da frase em questão, observamos algo interessante, será que a arte
consegue ao mesmo tempo ser espelho e martelo? Claro, podemos ver o “espelho”
através de contos, pinturas, histórias literárias (como por exemplo, a
analisada no contexto deste trabalho), fábulas, entre outras coisas, porque
tendo contato com todos estes itens citados é que nós temos acesso ao “princípio”,
ou seja, temos acesso e conhecimento de tudo àquilo que nossos antepassados
viveram.
A narrativa retrata a vida do Rio de Janeiro
no início do século XIX e podemos facilmente notar que se desenvolve pela
primeira vez na literatura nacional, a figura do ‘malandro’. Manoel Antônio, a
meu ver, tem uma ação que pode ser definida fundamentalmente a partir da
necessidade de sobreviver através de expediente raramente ligado a uma
atividade econômica específica. Caracterizam-se antes por exercerem ocupações
ocasionais, pequenos serviços e cargos um tanto burocráticos, como: barbeiro,
parteira, sacristão, vendeiro, miliciano...
É
interessante até a maneira que ele descreve o comportamento dos “vizinhos
fofoqueiros”, que também temos exemplo em nossos bairros ou condomínios
infelizmente até hoje. Ele nos descreve cenas, e acontecimentos de tal forma
que consegue nos dar uma visão bem próxima da realidade. Os problemas sociais,
as atitudes dos personagens e uma visão menos idealizada da realidade caracterizam
a obra como precursora no Realismo. Personagens como Major Vidigal, por
exemplo, realmente existiram. A obra em seu conteúdo desenvolveu temas ligados
á vida social.
Fazendo
o uso da ironia, o autor deixa perceber que sua intenção era divertir e descontrair
o leitor com os problemas sociais de sua época.
Depois
de concluída a leitura, não é preciso muito esforço para compreender o que
Manoel tentou deixar. Por isso, mais uma vez e afirmo que, a literatura (obra
em foco), pode sim ser considerada um martelo e um espelho.
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